sexta-feira, 9 de julho de 2010


A I Semana de Humanidades é um evento promovido pelo Núcleo de Ciências Humanas (NCH) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e ocorrerá de 30 de agosto a 3 de setembro de 2010 em Porto Velho.

O objetivo é congregar e divulgar o trabalho de pesquisadores (professores, técnicos administrativos e estudantes) do NCH da UNIR e da comunidade acadêmico-científica em geral. Pretende-se reunir trabalhos de ensino, pesquisa e extensão, das áreas de Ciências Sociais, História, Filosofia, Educação, Letras, Artes e áreas afins. São priorizadas as atividades desenvolvidas sob a ótica da interdisciplinaridade.

Mais informações pelo telefone (69) 2182-2144 ou pelo e-mail: humanidades.unir@gmail.com

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ensino da letra cursiva para crianças em alfabetização divide a opinião de educadores

 Deve-se ou não exigir que as crianças escrevam com letra cursiva? A questão, que divide educadores e semeia insegurança entre pais, está --ao lado da pergunta sobre o ensino da tabuada-- entre as mais ouvidas pela consultora em educação e pesquisadora em neurociência Elvira Souza Lima. A resposta, porém, não é trivial.
Quem tem letra feia pode ter de trocar a de mão pela de forma
Quatro ou cinco décadas atrás, a dúvida seria inconcebível. Escrever à mão era só em cursiva e, para garantir que a letra fosse legível, os alunos eram obrigados desde cedo a passar horas e horas debruçados sobre os cadernos de caligrafia.
A profesora Silvana D'Ambrosio, do colégio Sion, na cidade de São Paulo, ajuda o aluno Mateus Yoona fazer letra cursiva
Veio, contudo, a pedagogia moderna, em grande parte inspirada no construtivismo de Piaget, e as coisas começaram a mudar. O que importava era que o aluno descobrisse por si próprio os caminhos para a alfabetização e a escrita proficiente. Primeiro os professores deixaram de cobrar aquele desenho perfeito. Alguns até toleravam que o aluno levantasse o lápis no meio do traçado. Depois os cadernos de caligrafia foram caindo em desuso até quase desaparecer.
O segundo golpe contra a cursiva veio na forma de tecnologia. A disseminação dos computadores contribuiu para que a letra de imprensa, já preponderante, avançasse ainda mais. Manuscrever foi-se tornando um ato cada vez mais raro.
No que parece ser o mais perto de um consenso a que é possível chegar, hoje a maior parte das escolas do Brasil inicia o processo de alfabetização usando apenas a letra de forma, também chamada de bastão.
Tal preferência, como explica Magda Soares, professora emérita da Faculdade de Educação da UFMG, tem razões de desenvolvimento cognitivo, linguístico: "No momento em que a criança está descobrindo as letras e suas correspondências com fonemas, é importante que cada letra mantenha sua individualidade, o que não acontece com a escrita "emendada' que é a cursiva; daí o uso exclusivo da letra de imprensa, cujos traços são mais fáceis para a criança grafar, na fase em que ainda está desenvolvendo suas habilidades motoras".
O que os críticos da cursiva se perguntam é: se essa tipologia é cada vez menos usada e exige um boa dose de esforço para ser assimilada, por que perder tempo com ela? Por que não ensinar as crianças apenas a reconhecê-la e deixar que escrevam como preferirem? Essa é a posição do linguista Carlos Alberto Faraco, da Universidade Federal do Paraná, para quem a cursiva se mantém "por pura tradição". "E você sabe que a escola é cheia de mil regras sem qualquer sentido", acrescenta.
A pedagoga Juliana Storino, que coordena um bem-sucedido programa de alfabetização em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, é ainda mais radical: "Acho que ela [a cursiva] é uma das responsáveis pelo analfabetismo em nosso país. As crianças além de decodificar o código da língua escrita (relação fonema/ grafema) têm também de desenvolver habilidades motoras específicas para "bordar' as letras. O tempo perdido tanto pelo aluno, como pelo professor com essa prática, aliada ao cansaço muscular, desmotivam o aluno a aprender a ler e muitas vezes emperram o processo".
Esse diagnóstico, entretanto, está longe de unânime. O educador João Batista Oliveira, especialista em alfabetização, diz que a prática da caligrafia é importante para tornar a escrita mais fluente, o que é essencial para o aluno escrever "em tempo real" e, assim, acompanhar a escola. E por que letra cursiva? "Jabuti não sobe em árvore: é a forma que a humanidade encontrou, ao longo do tempo, de aperfeiçoar essa arte", diz.
Magda Soares acrescenta que a demanda pela cursiva frequentemente parte das próprias crianças, que se mostram ansiosas para começar a escrever com esse tipo de letra. "Penso que isso se deve ao fato de que veem os adultos escrevendo com letra cursiva, nos usos quotidianos, e não com letras de imprensa".
Para Elvira Souza Lima, que prefere não tomar partido na controvérsia, "os processos de desenvolvimento na infância criam a possibilidade da escrita cursiva". A pesquisadora explica que crianças desenhando formas geométricas, curvas e ângulos são um sério candidato a universal humano. Recrutar essa predisposição inata para ensinar a cursiva não constitui, na maioria dos casos, um problema. Trata-se antes de uma opção pedagógica e cultural.
Souza Lima, entretanto, lança dois alertas. O tempo dedicado a tarefas complementares como a cópia de textos e exercícios de caligrafia não deve exceder 15% da carga horária. No Brasil, frequentemente, elas ocupam bem mais do que isso.
Ainda mais importante, não se deve antecipar o processo de ensino da escrita. Se se exigir da criança que comece a escrever antes de ela ter a maturidade cognitiva e motora necessárias (que costumam surgir em torno dos sete anos) o resultado tende a ser frustração, o que pode comprometer o sucesso escolar no futuro.
O que a ciência tem a dizer sobre isso? Embora o processo de alfabetização venha recebendo grande atenção da neurociência, estudos sobre a escrita são bem mais raros, de modo que não há evidências suficientes seja para decretar a morte da cursiva, seja para clamar por sua sobrevida.
Há neurocientistas, como o canadense Norman Doidge, que sustentam que a escrita cursiva, por exigir maior esforço de integração entre áreas simbólicas e motoras do cérebro, é mais eficiente do que a letra de forma para ajudar a criança a adquirir fluência.
Outra corrente de pesquisadores, entretanto, afirma que, se a cursiva desaparecer, as habilidades cognitivas específicas serão substituídas por novas, sem maiores traumas. 

Redundâncias


1. A frase é: “Parreira vai pôr Juninho em campo para ser o elo de ligação entre a defesa e o ataque.”
O mais adequado seria: “Parreira vai pôr Juninho em campo para ser o elo (ou fazer a ligação) entre a defesa e o ataque.”
Todo ELO é de LIGAÇÃO. Isso é uma redundância. É uma repetição semelhante a “subir para cima”, “ambos os dois”, “planejamento antecipado”, “hemorragia de sangue”, “surpresas inesperadas” e outros pleonasmos.

2. A frase é: “O filme é baseado em fatos reais.”
Ouvimos isso com muita frequência. Estou “louco” para assistir a um filme baseado em FATOS IRREAIS. Ora, todo FATO é “real”, caso contrário não é fato. “Fato concreto”, “Fato verídico”, “Fato ocorrido” e “Fato acontecido”
são “belos” exemplos de redundâncias ou pleonasmos.
Basta, portanto, usarmos a palavra FATO, ou seja, “o filme é baseado em FATOS” ou, se você preferir, “o filme é baseado numa história real”. Uma história pode ser real ou não.
É interessante lembrar que a ênfase, para alguns, justifica tantas redundâncias que ouvimos por aí: “consenso geral”, “evidência concreta”, “protagonista principal”, e outras mais.

3. A frase é: “Eu gostaria que você escrevesse a minha autobiografia.”
O certo é: “Eu gostaria que você escrevesse a minha biografia.”
Uma autobiografia é a “biografia de si mesmo”. A “minha autobiografia” só pode ser escrita por mim mesmo. Eu escrever a “minha própria autobiografia” é redundante e você escrever a “minha autobiografia” é impossível.
Muita gente considera o verbo suicidar-se uma redundância. Quanto à etimologia (=origem da palavra), o verbo suicidar-se é redundante. O argumento basicamente é o seguinte: o verbo “suicidar” vem do latim “sui” (”a si” = pronome reflexivo) + “cida” (=que mata). Isso significa que “suicidar” já é “matar a si mesmo”. Dispensaria, dessa forma, a repetição causada pelo uso do pronome reflexivo “se”. O raciocínio é o seguinte: se o formicida mata formigas, se o inseticida mata insetos e se o homicida mata homens, o suicida só pode matar a si mesmo. Por outro lado, se observarmos o uso contemporâneo do verbo “suicidar-se”, não restará dúvida: ninguém diz “ele suicida” ou “eles suicidaram”. O uso do pronome reflexivo “se” junto ao verbo está consagradíssimo. É um caminho sem volta. É um pleonasmo irreversível.
O verbo “suicidar-se” hoje é tão pronominal quanto os verbos “arrepender-se”, “esforçar-se”, “dignar-se”… Da mesma forma que “ela se esforça” e “eles se arrependeram”, “ela se suicida” e “eles se suicidaram”.

4. A frase é: “Quanto ao seu requerimento, o diretor deferiu favoravelmente.”
O melhor é: “Quanto ao seu requerimento, o diretor deferiu.”
Se o diretor deferiu, só pode ser favoravelmente. Se não fosse uma decisão favorável, o diretor teria indeferido o seu pedido. Temos aqui uma redundância, ou seja, todo deferimento só pode ser favorável. Se for uma decisão contrária, temos um indeferimento. Deferir significa “aprovar, aceitar, despachar”. É por isso que na parte final de um requerimento, encontramos frequentemente: “Nestes termos. Pede deferimento”. Se você já assinou algum requerimento sem saber o que estava pedido, agora já sabe: você está solicitando a aprovação do seu pedido, que o seu requerimento seja aceito.
E não confunda deferir com diferir. Deferir é “aprovar, aceitar” e diferir é “diferenciar, distinguir”. Se você quer diferir uma coisa da outra, significa que você quer “fazer diferença”. Assim sendo, diferir é sinônimo de diferenciar ou, se você preferir, diferençar. Diferir, diferençar e diferenciar estão devidamente registrados como sinônimos em nossos dicionários. Qual usar? Você decide.

5. A frase é: “Ele vai analisar o resultado do laudo.”
O adequado é: “Ele vai analisar o laudo.”
Todo laudo já é um resultado, portanto “resultado do laudo” é uma redundância. Deve ser evitada. Quem fala “resultado do laudo” não deve saber que o laudo já é um resultado ou confunde laudo com exame. Se falarmos em “analisar o resultado do exame”, não há redundância. Isso significa que podemos “analisar o laudo” ou “analisar o resultado do exame”.
Fato semelhante ocorreu com aquele aluno que escreveu na sua redação do concurso vestibular que adorava “surpresas inesperadas”. Ora, se não fosse inesperada, não haveria surpresa. Ele adora surpresas e ponto final. Isso me faz lembrar aquele marido “previdente” que teria escrito para a amada esposa antes de retornar de uma longa viagem: “Chegarei de surpresa na próxima sexta-feira, no voo da Varig das 10h da noite”.

6. A frase é: “O projeto não foi aprovado, porque não houve consenso geral.”
O mais adequado é: “O projeto não foi aprovado, porque não houve consenso.”
Todo consenso é geral, não há “consenso individual ou particular”. Trata-se, portanto, de uma redundância. É o mesmo que pleonasmo: “hemorragia de sangue”, “encarar de frente”, “previsão para o futuro”, “duas metades”…
Se o juiz mandar “repetir de novo” a cobrança do pênalti, pode ser uma redundância ou não. Se for pela segunda vez, basta repetir. É possível “repetir de novo”, desde que seja pela terceira ou quarta vez.

7. A frase é: “Você precisa autocontrolar-se.”
O certo é: “Você precisa controlar-se.”
O verbo “autocontrolar-se” não existe. Os nossos dicionários registram o substantivo autocontrole (=controle de si mesmo) e o verbo controlar. Portanto, se você precisa controlar a si mesmo, basta controlar-se. “Autocontrolar-se” seria uma forma redundante.
Em nossos dicionários não encontramos o verbo “autocontrolar-se”, porém há registro de “autocriticar-se”, “autodefender-se”, “autodenominar-se”, “autodestruir-se”, “autodisciplinar-se”, “autoenganar-se”, “autogovernar-se”…

Fonte
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ELETRONORTE - Usina de Samuel e Br 364 devem sofrer bloqueio no próximo dia 30 de Julho


A obra abandonada de uma ponte sobre o rio Jamari em Itapuã do Oeste e a omissão da Eletronorte S.A. para resolver o problema pode provocar o fechamento da Br 364 na altura do município no próximo dia 30 de julho. É o que garante os lideres comunitários, que também não descartam uma ação mais ousada, com a interdição dos portões da Usina de Samuel, na altura do Km 45, no município de Candeias do Jamari.

As ações seriam uma forma de protesto contra a “lerdeza” e descaso da empresa em compensar a comunidade pelos danos causados pelo lago da Usina. Construída através de convênio com a Eletronorte como forma de compensação social à comunidade atingida pelo lago da Usina de Samuel, o esqueleto de concreto está há seis anos aguardando conclusão. Com as cabeceiras corroídas, parte de sua estrutura já no fundo do lago de Samuel, a obra da ponte é um símbolo do descaso de como é tratado o povo nas questões das compensações sociais e ambientais para as comunidades atingidas.

Apesar do caso e a ameaça da população, a Eletronorte até agora não se pronunciou oficialmente sobre o caso, não emitindo qualquer comunicado, muito menos dando um prazo para a solução do problema que já se arrasta há cerca de 10 anos.

Fontes ligadas ao grupo de geração de energia disseram que pelo fato do problema estar sendo resolvido na esfera judicial, nada pode ser feito até pelo menos até o mês de setembro.



quarta-feira, 7 de julho de 2010

COPA DE 2014 SEDIADA NO BRASIL- VANTAGENS E DESVANTAGENS

Em 2014, o Brasil sediará a Copa do Mundo e em 2016 as olimpíadas. Os principais benefícios que eventos como esses podem trazer para um país, em especial para as cidades-sede , são: os investimentos em transporte, educação, habitação, complexos viários, viadutos, obras de sinalização e promoção de acessibilidade, investimentos esses que mesmo depois de terminado o evento continuarão no país beneficiando sua população. De acordo com Domingues (2000, p. 6).

A promoção de grandes eventos esportivos tem sido a estratégia de diversos países para atração e de atenção internacional. Os benefícios econômicos desse evento retratam um argumento utilizado para justificar o esforço e o gasto público para sediar tais eventos [...] os mega-eventos esportivos podem representar como um catalisador de aceleração do processo de investimento em áreas cruciais que já deveriam ter ocorrido.

Além disso, há geração de empregos, investimento do setor privado como redes de hotelaria, restaurantes, etc. Também um fator relevante durante o período do evento, são os turistas que geram retorno dos investimentos feitos nas cidades, aumentando os recursos locais, geração de empregos para atender a demanda. Em discurso, Lula disse que “estamos assumindo a responsabilidade como nação de provar ao mundo que temos uma economia crescente e estável. Temos uma economia estabilizada. Temos muitos problemas, sim, mas com homens determinados a resolvê-los". Ou seja, a copa torna-se assim um evento lucrativo para o país.

Apesar dos grandes investimentos nas cidades-sedes e no planejamento da copa, se não há uma previsão de uso da infra-estrutura montada para o evento, após o término do mesmo, podem ocorrer perdas aos cofres públicos. Os governantes precisam assumir grandes gastos após os eventos para manutenção das estruturas, que apesar de passarem a ser pouco usadas necessitam desses investimentos. Por exemplo, “a Grécia que gasta cerca de R$ 202 milhões por ano para manter suas construções depois das olimpíadas e a cidade de Montreal que somente em 2006, após 30 anos da realização dos Jogos Olímpicos, conseguiu sanar uma dívida, cerca de R$ 2,8 bilhões” (Golden Goal, 2010).

Para evitar e amenizar tais situações é preciso prévio planejamento e investimento em incentivos ao esporte e cultura para que as estruturas não caiam em desuso, é recomendável também avaliação da demanda de mão de obra e serviços em longo prazo de residentes locais, por exemplo: investimentos na especialização de mão de obra, para outros fins que gerem lucro as comunidades locais estimulando o crescimento da renda e trabalho, o que possibilitará maior arrecadação de impostos que poderão ser usados para financiar as despesas adicionais e novos projetos.

Eventos como a copa e olimpíadas podem ocasionar redução de verbas públicas destinadas a fins específicos como saúde e educação, que são utilizadas para construção da infra-estrutura necessária para realização dos eventos esportivos, ou seja, se não houver fiscalização e auditorias por partes dos órgãos responsáveis, como Ministério Público e Tribunais de Contas, a população mais carente pagará um alto preço pela realização de tais eventos. Por isso é preciso especial atenção a essas despesas que não podem usar verbas destinadas a outros fins (básicos e essenciais para a população em geral).

Outro fator negativo que, pode ocorrer ao sediar copa do mundo ou/e Olimpíadas, pode trazer ao país é o “turismo sexual” durante o evento, no qual crianças e adolescentes podem ser aliciadas para esse fim, ocasionando a ascensão do número de gravidezes indesejadas e até mesmo o aumento de doenças sexualmente transmissíveis.

A empolgação com as perspectivas de melhoria da infra-estrutura e de atração de investimentos com a Copa do Mundo não se repete quando o assunto é outro: os problemas sociais decorrentes de uma competição esportiva desse porte. O possível aumento da exploração sexual de crianças e adolescentes, que preocupa organizações da sociedade civil e do poder público que atuam na área, está entre as potenciais consequências negativas da Copa. PYL (2010).

Inclusive o secretário estadual-adjunto de Turismo do Rio Grande do Norte, Túlio Serejo, confirma que “não há representantes da sociedade civil ou de órgãos que trabalhem com a exploração sexual infanto-juvenil no comitê estadual da Copa 2014”. PYL (2010).

É relevante que haja investimento em programas de conscientização e apoio a criança e ao adolescente principalmente tendo em vista um evento desses, com campanhas explicativas e maior ênfase na investigação e punição de casos de exploração sexual infanto-juvenil, exigindo assim um trabalho ágil e eficaz por parte dos órgãos responsáveis pela defesa da criança e do adolescente, como o Conselho Tutelar.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Termina o sonho do hexa.

Eliminada da Copa, seleção brasileira retorna ao Brasil neste sábado 

Avião sai de Joanesburgo às 16h de Brasília. Primeira parada será no Rio de Janeiro e a segunda em São Paulo. Jogadores ganham folga.

Seleção brasileira já tem a programação de retorno ao Brasil. Eliminados da Copa do Mundo da África do Sul pela Holanda (veja os gols no vídeo), os jogadores saem de Porto Elizabeth neste sábado, às 17h (12h de Brasília), com destino a Joanesburgo.
De lá, a delegação verde e amarela embarca para o Rio de Janeiro (Galeão) às 21h (16h de Brasília). Depois disso, o voo segue para São Paulo (Guarulhos), destino final da aeronave.
Nesta sexta-feira, os jogadores já estão liberados da concentração. Mas a tendência, segundo a diretoria de comunicação da CBF, é que nenhum deles saia para curtir folga, até por conta da precoce eliminação no Mundial.


quinta-feira, 1 de julho de 2010

AS CINCO LEIS DA BIBLITECONOMIA E O EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Maria Luiza de Almeida Campos
Professora Assistente do Departamento de Documentação/UFF
Doutoranda em Ciência da Informação/IBICT


RESUMO

As cinco Leis da Biblioteconomia - princípios elaborados pelo bibliotecário indiano Shialy Ramamrita Ranganathan para a área de Biblioteconomia, são analisadas neste artigo sob o ponto de vista do exercício profissional. Em cada lei são apresentados os conceitos fundamentais trabalhados por Ranganathan, que defende uma postura profissional dinâmica e atuante para aqueles que lidam com a informação.

1 CONSPECTUS
Conspectus é o espaço encontrado por Ranganathan no início de seus trabalhos para falar não do texto que se propunha a escrever, mas do "pre-texto", daquele momento em que ocorre o ato de criação da escrita, do momento em que o sujeito se torna autor.
Resolvemos então colocar aqui neste Conceptus o pre-texto que nos levou a elaborar este texto.
Como a maioria das pessoas deste século, percebemos que atualmente estamos vivendo um momento de mudanças profundas. Atualmente, não é possível dissociar a postura do profissional de sua própria atividade. Por isto, é preciso repensar nosso papel, como realizamos nosso fazer, quais são os princípios que regem esse fazer.
Neste texto pretendemos analisar, sob o ponto de vista da postura e da atividade do profissional da informação, as cinco leis de Ranganathan, que tornaram evidentes os princípios da atividade biblioteconômica.
Este é o nosso "pre-texto" – falar sobre o profissional e sobre a sua postura diante deste emaranhado que é a informação e falar principalmente para o futuro profissional, aquele que será sempre inovador – o estudante.
2 RANGANATHAN: UM PEQUENO HISTÓRICO
Shialy Ramamrita Ranganathan nasceu em 9 de agosto de 1892, em Shialy, na Índia. Sua família pertencia à casta dos Bramanides. Era extremamente religioso, vegetariano e admirador de Gandhi. Graduou-se em Matemática na Universidade de Madras em 1916. Tornou-se, então, professor de Matemática, exercendo essa atividade durante sete anos em três das faculdades da Universidade de Madras.
Ranganathan, além de professor de Matemática, era um homem extremamente politizado: como profissional, lutava pela melhoria de condições de trabalho de sua classe e, como professor, preocupava-se com o ensino e a pesquisa em seu país. Iniciou uma campanha visando a melhoria das condições da biblioteca da Universidade de Madras. Assim, quando em 1924 vagou o cargo de bibliotecário desta Universidade, foi praticamente levado por seus colegas a candidatar-se ao cargo, que acabou por acarretar uma profunda mudança em sua vida e na própria área da Biblioteconomia.
Um dos requisitos do cargo era que o bibliotecário que assumisse deveria estudar Biblioteconomia na Grã-Bretanha. Em 1924, ingressa na Escola de Biblioteconomia na College University, em Londres para especializar-se. Inicia um caminho de estudos e observações que o levou a entender o que era na verdade o complexo mundo da Biblioteconomia, mundo que se colocava entre aquele que produzia e registrava o conhecimento e aquele que necessitava de informação/conhecimento contido nos documentos.
Um dos professores da Escola de Biblioteconomia de Londres, W. C. Berwick Sayers, logo de início vê em Ranganathan uma personalidade marcante no campo da investigação, acabando assim, por orientar seus estudos. Sayers aconselha Ranganathan a entrar em contato com o maior número de profissionais bem como visitar bibliotecas o máximo de bibliotecas possíveis; a trocar experiências; a ouvir e verificar tudo, pois a biblioteconomia, dizia Sayers: é "uma área que possui uma peculiaridade, a da criação, o que aprendemos na Universidade e nos livros são somente os princípios" (Satija). Isso nos leva, de pronto, a assumir que o profissional desta área não deve se caracterizar como um caracol que fica dentro de sua casca, muito pelo contrário, deve ter a coragem de conhecer o novo, de investigar, de criar.
E isso Ranganathan tinha: a coragem de criar.
Desta forma, ao visitar cerca de cem bibliotecas de tipos diferentes, ele as encontra em diferentes estágios de desenvolvimento. Isso facilita o estudo comparativo das práticas biblioteconômicas. Porém, faz com que Ranganathan perceba também que existem pacotes de diversas práticas, sem uma relação integral. Sua experiência anterior no estudo científico e as observações realizadas acabam por levá-lo a ocupar-se com uma série de questionamentos, que o acompanham até a primeira metade de 1925, quando já tinha reassumido o cargo na Biblioteca de Madras:
"Não seria possível reduzir todos os agregados empíricos de práticas e informações a um punhado de princípios básicos? Não seria possível aplicar o processo de indução neste caso? Não seria possível alcançar todas as práticas conhecidas pelo processo de dedução de algum dos princípios básicos? Não contém os princípios básicos, como implicações necessárias, muitas outras práticas não correntes ou conhecidas no presente? Elas não se tornarão necessárias, como e quando mudarem as condições–limite colocadas pela sociedade?" (Ranganathan, Prolegomena)
Todas estas questões, diz Ranganathan, fazem parte do campo das ciências sociais e não das ciências naturais. Mas o método científico era igualmente aplicável em ambos os campos, pois o que era hipótese nas Ciências Naturais era princípio normativo nas Ciências Sociais. Assim, o que cada dia mais deixava Ranganathan intrigado era tentar desvendar os princípios normativos que poderiam apontar para tendências futuras, naquele momento, não tão óbvias, na área da Biblioteconomia.
A partir da observação e do trabalho com as práticas biblioteconômicas, empreende esforços no sentido de teorização da área. No campo desta teorização enuncia as Cinco Leis que irão orientar todo o fazer do profissional da informação.
3 AS CINCO LEIS DA BIBLIOTECONOMIA
Em 1928, cada dia mais envolvido com as questões biblioteconômicas, e cada vez mais preocupado com os princípios que poderiam nortear as atividades do profissional da informação, conta Ranganathan que, em uma noite em que colocou de lado todas as outras tarefas para concentrar-se nestas questões, encontra-se com seu antigo professor de Matemática, Edward B. Ross, a quem devia "todo o seu ser intelectual e por quem tinha grande afeição" (Satija) e expõe as suas angústias. Edward B. Ross, por essa relação estreita com Ranganathan, acaba por acompanhá-lo em sua nova esfera de trabalho. Dialogando com Ranganathan em um dado momento enuncia – "Diga, livros são para serem usados, diga que isso é a sua primeira lei". Assim, a enunciação das outras quatro leis ( a cada leitor o seu livro, a cada livro o seu leitor, poupe o tempo do leitor, a biblioteca é um organismo em crescimento) foi automática e a apresentação e divulgação das leis foi iniciada naquele ano em vários cursos e eventos na Índia. Em 1931 publica a primeira edição do livro "As Cinco Leis da Biblioteconomia", no mesmo ano em que, a partir de seus esforços, foi criado o primeiro Curso de Biblioteconomia na Índia.
Atualmente, estas Cinco Leis permeiam e são consideradas como base para todas as atividades biblioteconômicas, como: Seleção e Aquisição ; Administração de Bibliotecas; Recuperação de Informação; Classificação e Indexação; Atendimentos aos Usuários etc. E "como Leis Fundamentais em qualquer outra disciplina, as Cinco Leis são simples e podem, mesmo, aparecer como sendo triviais"(Ranganathan, Five laws). Mas são elas que permitem que o profissional, possa compreender de uma forma mais abrangente a função de sua profissão, dentro de um contexto social, que permite definir critérios e princípios de ação que vão desde o posicionamento ético deste profissional até a escolha de métodos e técnicas para o seu fazer diário.
Neste artigo, abordaremos as Cinco Leis sem vinculá-las a uma atividade específica da biblioteconomia[1], mas sim analisando-as a partir de uma visão ética, social e profissional que os envolvidos devem ter como princípios de ação no exercício de sua profissão.
Além desta perspectiva, construímos o nosso texto tomando por princípio o "Método Científico em Espiral" (Ranganathan, Prolegomena) , no qual ele discute o processo do conhecimento como uma espiral em eterno desenvolvimento, onde uma dada ação interfere na ação subseqüente e assim sucessivamente. Assim, cada lei desencadeará a próxima lei fazendo com que ocorra um processo cíclico e dinâmico.

1ª LEI – Os livros são para serem usados
Nesta primeira lei, Ranganathan discute questões que irão envolver a democratização da informação, pois o que faz com que a instituição biblioteca exista é o fato do homem, ao desvendar o mundo, ao trocar experiências sobre suas descobertas e ao comunicar estas descobertas e avanços para possibilitar a transmissão de conhecimento, elabora registros, inscrições. Estes devem estar organizados, armazenados e preservados para propiciar a transmissão de conhecimento para a geração futura.
Nesta medida, a biblioteca é a organização que tem por função organizar, tratar e disseminar as informações contidas nestes registros visando sua difusão e criando meios para a propagação do saber.
Atualmente, mais do que nunca, o bibliotecário deve ser o grande dinamizador, pois deve propiciar que os livros/documentos/informações possam ser utilizados, e não para serem somente armazenados.
Se até o século dezenove o número de literatura era relativamente pequeno – o que transformava na maioria das vezes, o próprio produtor de conhecimento em usuário, pois o acesso ao conhecimento era possibilitado a poucos, e os bibliotecários eram grandes estudiosos e por vezes produtores também de conhecimento, nos tempos atuais, com o volume cada dia maior de literatura, com esse caos documentário, e a impossibilidade de se acompanhar todas as transformações das diversas áreas de conhecimento, o bibliotecário deve desenvolver mecanismos para que as informações possam ser divulgadas, possam ser democratizadas.
Mas, aponta Ranganathan, que para democratizar o uso da informação, é necessário empreender esforços políticos visando a educação irrestrita. Nem todos podem ter acesso à informação, não porque não estejam interessados, mas porque a desconhecem. Este era um fato constante na Sociedade Indiana, onde uma grande maioria não tinha acesso ao conhecimento registrado, o que até hoje ainda é uma realidade não apenas naquela Sociedade, mas também para uma grande maioria de indivíduos de nossa Sociedade. Assim, todo homem tem o direito de ser um leitor em potencial, o que acaba levando-o ao enunciado da 2ª Lei.-
2ª LEI – A cada leitor o seu livro
Possibilitar que cada leitor obtenha o seu livro é, antes de tudo, afirmar que todo homem deve ter acesso ao conhecimento. Ranganathan afirma que a educação de um povo é uma vontade política (Ranganathan, Five laws).
Esta lei propicia a discussão do bibliotecário como educador, apresentando as diferenças sociais, políticas e econômicas do mundo em geral, discutindo o papel dos países dominadores e dominados, e como esses fatores influenciarão questões que envolvem o acesso à informação. O papel do bibliotecário é também de conscientização da importância de uma política educacional em seu país e sensibilização dos políticos e da sociedade, de uma maneira geral, da importância deste acesso à informação.
Na segunda lei, Ranganathan propõe que se realizem campanhas envolvendo as bibliotecas públicas e os meios de comunicação. Estas ações permitirão que todos indiscriminadamente possam se beneficiar do conhecimento registrado e organizado na instituição biblioteca. O importante aqui é permitir a acessibilidade à informação - naquele momento, o livro -, a cada leitor/usuário, seja ele real ou virtual.
Mas, como indiano, inserido em suas tradições, e como um grande observador das necessidades humanas, sabia que nem todos necessitavam da mesma informação, que o princípio da diferença era o que permitia aos homens estarem em cadeias evolutivas diversas ou em estados sócio-culturais diferentes.
Pois nem tudo é interesse de todos, cada indivíduo tem as suas necessidades. Na área da Biblioteconomia é imprescindível defender essas diferenças.
O que acaba por levá-lo a enunciar a 3ª lei.
3ª LEI – Para cada livro o seu leitor
Nesta terceira lei, Ranganathan apresenta o livro/documento como um veículo de comunicação/transporte que permite que um ou vários indivíduos apresentem as observações, descobertas e questionamentos sobre os fenômenos e ocorrência do mundo que o(s) cerca(m)[2]. Nesta perspectiva de autoria coexistem, também, leitores diferentes.
Cada pessoa, devido à sua formação, suas crenças e visões de mundo, possuem necessidades diferentes e é necessário que o bibliotecário – como um profissional que está preocupado em fornecer a informação adequada para o usuário certo – tenha como princípio de ação a diferença , para que possa servir como um elemento facilitador entre cada usuário e o livro/documento/informação adequados
Assim, como vimos anteriormente, na segunda lei, a biblioteca deve ter um papel social , possibilitando condições de acesso à informação. Com a enunciação da terceira lei podemos dizer que o bibliotecário deve perceber as necessidades de cada usuário, respeitar as suas diferenças individuais.
Ranganathan propõe então: respeito aos diferentes tipos de usuários (diferença etária, cultural, social, psicológica, educacional, etc.), e para usuários diferentes, diferentes bibliotecas e diferentes formas de organização dos acervos. Atualmente estas questões são apresentadas na literatura da área através dos conceitos de canais e linguagens diferentes para cada necessidade do usuário, ou dito de outra forma, sobre a questão do reempacotamento de informações.
Mas ao dirigir o "olhar" para a organização dos acervos, para atender a usuários diferentes, está intrinsecamente visando também recuperar informação, pois a biblioteca não é um depósito, existe um tempo de recuperação; o homem atual precisa estar informado sobre a evolução do conhecimento de sua área de interesse em menor tempo possível. O que leva Ranganathan a enunciar a 4ª lei.
4ª LEI – Poupe o tempo do leitor
O bibliotecário, além de ser um dinamizador, deve ser um agilizador de informação. A coleção deve ser organizada visando as possibilidade de recuperação. A partir desta lei, Ranganathan discute questões ligadas à organização/recuperação do acervo: métodos, técnicas e instrumentos adequados que possam atender à necessidade dos usuários, possibilitando que as informações contidas nos documentos possam chegar ao usuário em menor tempo possível.
Mas, por que Ranganathan estava tão preocupado com o tempo do leitor? Por que a necessidade de criação de instrumentos adequados a populações específicas de usuários? Enfim, por que a existência de todo um aparado complexo? Porque todo usuário tem o direito de acesso à informação atualizada no seu campo de interesse, em menor tempo possível.
Esta lei evidencia que, para que as atividades do bibliotecário possam funcionar satisfatoriamente, é necessário que este profissional de informação não se comporte como um mero repassador de informação/documento, aceitando métodos e técnicas estabelecidos, mas criando em seu fazer diário instrumentos e formas de ação mais adequados ao Sistema de Informação no qual está inserido. Mas que se comporte como pesquisador e pensador do seu fazer, tendo a disposição e a coragem para, se for necessário, pesquisar novas técnicas, novos métodos e novos instrumentos que possibilitem um atendimento mais eficaz ao seu usuário.
Para isso é preciso desenvolver e, também quando for o caso, introduzir princípios novos para as atividades de Administração de Bibliotecas, de Seleção, de Disseminação de Informação, de Catalogação, de Serviço de Referência, de Classificação, etc. Ranganathan apresenta então nesta lei, uma série de discussões a respeito destas atividades, sempre incentivando o profissional da informação a ter a coragem de criar novas formas de organização, e de quebrar paradigmas já estabelecidos. Ele dá o exemplo quando propõe um novo método classificatório para possibilitar maior hospitalidade – entrada de novos assuntos na Tabela – nos esquemas de Classificação e, consequentemente, estar mais acessível à evolução do conhecimento e à criação de novos assuntos, o que até então não era possível nos Esquemas vigentes.
Toda esta organização é necessária porque visa a atender ao crescimento constante do acervo, pois a biblioteca não é mais uma organização estática, ela é dinâmica, o que acaba por levar Ranganathan a enunciar a 5ª lei.
5ª LEI – A biblioteca é uma organização em crescimento
O homem através dos séculos, ao conhecer novas técnicas, novos instrumentos, ao desvendar a natureza, sentiu a necessidade de comunicar as suas descobertas e para isso registrou. É principalmente na biblioteca que estão esses registros; ela é a depositária do conhecimento humano. Portanto, a biblioteca é uma organização em crescimento, pois a produção de conhecimento é um ato contínuo e dinâmico do ser humano. Para que a instituição Biblioteca possa acompanhar esse crescimento, fazem-se necessários bibliotecários com postura mais dinâmica e criativa, pois novos assuntos surgem, bem como novos usuários com características diversas. Isto exige a todo momento, um repensar sobre as práticas e instrumentos utilizados e sobre as atividades realizadas.
Assim, se é verdade que o homem elabora registros para comunicar suas descobertas é necessário que esses registros possam ser usados, como diz Ranganathan – os livros são para uso. E isso nos leva a um movimento contínuo, na enunciação das leis, pois uma é necessária porque as outras existem. Esse é o Método Científico apresentado por Ranganathan e caracterizado pelo movimento sem fim em espiral.
4 CONCLUSÃO
Subjacente a todas as leis, podemos observar que Ranganathan nos leva a todo momento a um movimento do pensar que preconiza e discute a postura do bibliotecário, como um profissional que tem por função possibilitar o acesso à informação. Informação que não deve ser encarada como uma entidade que somente carrega bits e bytes, mas como uma das possibilidades do ser humano de obtenção de conhecimento sobre o mundo que o cerca, podendo assim, iniciar o processo de transformação social, econômica, e por que não, ética.
O profissional que atua nesta área deve ter bastante discernimento e visão do seu papel, que não é o de somente repassador de informação, mas de uma pessoa que deve ter a postura de um educador, que se preocupa com a qualidade da informação que repassa, de como repassa e para quem repassa. Pois o conhecimento registrado em qualquer veículo informativo tem um papel social, que na maioria das vezes, para não afirmar sempre, pode ser transformador.
Assim, quando enumeradas as Cinco Leis da Biblioteconomia, elas se restringiam ao contexto da Biblioteca. Hoje, com o desenvolvimento das atividades biblioteconômicas, elas podem ser perfeitamente aplicadas em todos os Serviços de Informação, que envolvem as atividades de profissionais que estão entre o produtor de conhecimento e o necessitador de informação.
Atualmente, elas poderiam até ser aplicadas ao Setor Quaternário, setor em que o objeto dinamizador é a informação, cuja disseminação leva em conta critérios visando a análise do poder de transformação/paralização, libertação/manipulaçãp, entendimento/ignorância, que acabam por exigir um repensar constante dos profissionais que lidam com a informação quanto à sua postura ética. Uma ética que preconiza a revitalização dos valores, de novos e de velhos valores que devem ser repensados